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TRIP PICO DO PARANÁ

  • Lais Moraes
  • 4 de jun. de 2017
  • 5 min de leitura

28/04 À 01/05/17

O Pico do Paraná é a maior montanha da região sul do Brasil, com 1877,39 metros de altitude, de formação granítica e de gnaisse, fica situado na Serra do Ibitiraquire, entre os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul. É muito conhecido por montanhistas e praticantes de trekking pois do seu cume é possível uma vista espetacular da Serra, da Serra da Graciosa, litoral e parte de Curitiba.

Fonte: http://amontanha.com.br/tudo-sobre-o-pico-parana/

Como também é chamado de Machu Pichu brasileiro e com a intenção de vislumbrar a paisagem e vista das alturas, partimos: Eu (Laís), Carol, Bruno e Mara para essa trip no dia 28/04/17. A previsão do clima estava favorável para o feriadão, porém tínhamos um dia de paralisação geral, que enfrentamos na BR 116 (antes de sairmos) e também em SC antes de Criciúma, bem na hora conseguimos pegar a via lateral, paramos na sombra e depois pegamos um desvio pelo Morro da Fumaça e escapamos do bloqueio.

Quem sai do Vale dos Sinos ou Porto Alegre, é só pegar a Freeway e a BR 101 até acesso de Curitiba (Trevo do Atuba), de lá pega-se a BR 116, em direção a São Paulo. Após mais ou menos 40 km, depois do trevo, é avistado um posto de gasolina à esquerda da rodovia (chamam de Tio Doca, mas não tem mais esse nome em placa alguma!). Seguindo adiante por mais 1,8 km, chega-se na ponte sobre o Rio Tucum (no km 46). Aí é preciso ter atenção, pois é preciso entrar à direita bem no pé da ponte, antes de cruzá-la! Segue-se por esta estrada de saibro por uns 6 km, as indicações das placas são: Fazenda Pico Paraná ou Pousada Fazenda Rio das Pedras.

Como tínhamos saído de Esteio depois da 10h, bloqueio na estrada e com muito chimarrão, a nossa motora (Carol) e a copilota (Mara) precisavam dar umas paradinhas estratégicas, levamos mais de 12h até o acesso a Fazenda Pico Paraná. Já no caminho conseguimos falar com o Dilson (responsável da Fazenda) e avisar que chegaríamos depois da 22h30 (o que não seria permitido pelas regras do site...).

O camping é bem legal, com estacionamento e áreas para montagem das barracas num gramadinho bem bom. Tem só uma casinha de madeira, que tem a cozinha, o dormitório dos funcionários e também o único banheiro e chuveiro do camping (esse é o ponto fraco da Fazenda). Montamos a barraca coletiva quando chegamos (ideia da Carol!) e a deixamos montada até o retorno (no domingo).

Sábado de manhã, dia 29/04 às 7h30 após o café com pão de queijo da Fazenda, iniciamos a trilha com as cargueiras. A intenção era de subir até o Pico e acamparmos no abrigo 2, pois o feriado de 1º de maio estava se mostrando como a “melhor janela” da temporada (palavras do Dilson). Só que não, já tinha muita gente acampada e ainda vans e carros chegando na Fazenda desde as 6h da manhã! Ou seja, trilhas e refúgios estariam lotados logo, logo...


Foto da placa no início da Trilha.

A Carol e o Bruno já de início assumiram a dianteira do grupo na trilha. Até chegar ao cume do Pico do Paraná leva-se entre 6 e 8h dependendo do preparo físico. As trilhas são bem marcadas e frequentadas, há trechos mais íngremes onde se usa o apoio das raízes e galhos, trechos mais planos que ficam mais encharcados, trechos totalmente em mata fechada (na Floresta Ombrófila Densa, a linda Mata Atlântica) e também em campo aberto (campos de altitude). No meio no trajeto decidimos subir o Itapiroca ao invés do Pico Paraná, pois a trilha era mais curta (cerca de 3 horas) e não queríamos arriscar de chegar no Pico e não conseguirmos local para acampar, pois realmente tinha muita gente subindo (grupo de escoteiros, excursões, etc.) e todos perguntavam: vão para o PP?


Foto a partir da Pedra do Grito (Carol Lisboa).

Os pontos de referência até o cume são: início da trilha, Pedra do Grito, Morro do Getúlio (passamos ali uma 9h40 com tempo aberto e tinha sinal de telefone). Depois, bifurcação para a trilha do Caratuva à esquerda, ponto de água, bifurcação para a trilha do Itapiroca à direita e Pico Paraná à esquerda, abrigo 01 (sinal de telefone!), descida e subida da crista, abrigo 02, duas ferratas, abrigo 03, mais uma ferrata e finalmente a pedra do cume.


Foto tirada do Morro do Getúlio, vista para o Caratuva


Vista do Morro do Getúlio.


A trilha para o Itapiroca (identificada com fitas de cor vermelha) fica do lado esquerdo na bifurcação para o PP (nesse ponto já estávamos abreviando também!) mais uns 45 minutos subindo carregados (Bruno e Carol) ou 1 hora e pouco ( padrão Laís e Mara, hahaha). Nesse trecho tem mais um ponto para pegar água e um acesso para um setor de escalada! Chegamos no cume do Itapiroca perto das 12h40.

Montamos nosso acampamento quase no charco, mas de frente para a vista encoberta do PP! Almoçamos, descansamos e a “dupla” pilhada foi buscar água na bica, na volta deles tivemos a sorte de ver o gigante por dois minutos!! Foi o tempo da foto! Depois só conseguimos organizar o acamps, fazer o melhor café da montanha, comer de novo e dar muita risada da #éatuapiroca, antes do nevoeiro bater feio pelas 17 horas.

Pico do Paraná (foto Carol Lisboa)


Foto acampamento no Itapiroca.


Dia seguinte (30/04) desmontamos tudo, descemos até a bifurcação e deixamos as cargueiras escondidas perto da trilha, para fazermos o ataque ao cume mais leves. Importantíssimo: levar headlamp, anorak e itens de primeira necessidade (comida leve e água).

Foto do Abrigo 01, trilha PP.

Pegamos a trilha para o PP umas 9h, chegamos no abrigo 01 pelas 10h15. No abrigo 02 cerca de uma hora depois. Desse ponto em diante a gente pensa que não vai chegar nunca, pois é um sobe e desce e que para colaborar não víamos nada na nossa frente! Após quase 4 horas de trilha, chegamos na última ferrata, e só “meia horinha” até o tão desejado cume! Chegamos lá entre 13h e 13h10 da tarde de domingo!

Chegada ao cume! (Foto Bruno Schmidt)


Só alegria por termos conseguido chegar lá e na esperança de que abrisse um pouquinho o céu para contemplarmos a vista! Assinamos o livro cume, celebramos como e com “Old Friends”. Teve até dancinha da Carol e claro: muita risada!!!



Hora de descer: 14h. Descemos tranquilos e olhando para trás para conferir se o gigante continuava encoberto... As 17h30 “a dupla” já preparava o miojo de premiação para as retardatárias e o café para causar inveja em todos os passantes da trilha! Pegamos nossas queridas mochilas e seguimos até o acampamento na Fazenda. Eram 19h10 quando passamos pelo Getúlio e aproveitamos para dar notícias à família! Chegamos de volta à base antes das 21h e já entramos na fila do banho (que não foi quente, diga-se de passagem...). Enquanto isso, se aproveita para dar uma conferida nos relatos dos demais trekkeiros, come-se um misto quente, tapioca ou pão com ovo frito e uma cervejinha gelada!


Na segunda dia 01/05, tomamos nosso rumo de volta para casa e fizemos a descida da serra pela Estrada Graciosa, vale muito a pena!


Estrada da Graciosa – PR.

Fica a dica para quem quiser conhecer o Pico do Paraná, vá sem a intenção de conseguir ver tudo, mas leve o bom humor e parcerias divertidas, pois como se diz por aí: o importante não é o destino e sim o caminho! O nosso caminho nessa trip foi demais: exigente sim de preparo físico, de estado emocional (para mim, no caso das ferratas) e de parcerias, que foram nota mil! Valeu Bruno, Mara e Carol, já está confirmado que com vocês é alegria na certa! O possível desta vez não se deu com a melhor janela, mas sim com as melhores companhias!


Por Laís Moraes, em 04/06/2017.

 
 
 

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